O homem que foi imobilizado com pimenta nos olhos e na boca, após tentar assaltar um depósito de bebidas na zona sul de Teresina, na noite do último domingo (23) foi solto após audiência de custódia. De acordo com informações colhidas pela reportagem, o suspeito foi submetido apenas a medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.

 

Atendente teme pela vida

 

A atendente Samara Vaz, de 22 anos, relatou os momentos de tensão vividos durante uma tentativa de assalto a um depósito no bairro Lourival Parente, zona Sul de Teresina. A atendente aparece nas imagens do circuito interno de segurança reagindo a ação e colocando pimenta nos olhos e boca do criminoso.

 

Segundo a atendente, no dia do crime, quatro pessoas estavam no local, entre clientes e populares. O suspeito teria chegado em uma motocicleta, se direcionado a ela informando do assalto e pedindo o dinheiro do caixa. Ela narra que no estabelecimento só havia R$ 80 em espécie.

 

“Fui pegar para entregar, mas todo momento olhando para arma. Assim que ele virou para o lado foi uma rápida reação, eu já voei em cima, ele foi me encurralando para o banheiro. Graças a Deus o cliente que estava aqui ele me ajudou, me socorreu. Logo eu vi que a gente já não estava mais dando conta dele e pedi para pegarem a pimenta para tacar nos olhos e na boca para gente conseguir desarmar ele. Conseguimos, tranquei ele aqui e esperamos a polícia”, explica a atendente.

 

A mulher relata que ela chegou a trancar o local com o criminoso dentro e acionou a polícia, porém, populares teriam entrado no estabelecimento para agredir o homem. Ele chegou a ser encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT) pela polícia e em seguida à Central de Flagrantes.

 

Mesmo obtendo êxito na ação, a Polícia Militar do Piauí informa que não é recomendado que populares reajam em situações de assalto. A atendente afirma que na região, a população vem sofrendo constantemente com assaltos. Agora, Samara afirma temer pela vida, já que conta ter sido ameaçada pelo suspeito.

 

“Claro que eu estou com medo da pessoa vir voltar aqui. Ele já viu meu rosto por várias horas, principalmente no HUT, e ele falou que ia voltar. Por isso estou fazendo essa exposição, porque eu voltei a trabalhar e eu preciso trabalhar para pagar minhas contas e ajudar minha família. A população já não aguenta mais porque aqui é muito assalto, a população não consegue mais sair. Muito complicado”, conta.

 

Fonte: Cidadeverde.com