O Brasil encerrou sua participação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 com derrota por 1 a 0 para a Bolívia, na última terça-feira (9), em El Alto. O revés, marcado por um gol de Miguel Terceros em cobrança de pênalti nos acréscimos do primeiro tempo, fez a Seleção Brasileira terminar em quinto lugar na tabela, com 28 pontos e aproveitamento de apenas 51% — a pior campanha da história da equipe nesse formato de disputa.
Altitude e dificuldades em campo
A partida foi realizada a mais de 4 mil metros de altitude, fator que visivelmente prejudicou o desempenho físico dos jogadores brasileiros. Apesar das dificuldades, a Bolívia aproveitou melhor as oportunidades e fez valer o mando de campo. Já classificado por conta do aumento de vagas diretas no Mundial, o Brasil não conseguiu reagir diante do adversário que, com a vitória, garantiu presença na repescagem intercontinental após 32 anos.
Poucos destaques positivos
O goleiro Alisson foi um dos poucos destaques da Seleção, evitando que o placar fosse ainda mais elástico. Mesmo sem conseguir defender o pênalti que definiu a partida, fez boas defesas e recebeu elogios da imprensa esportiva. Do lado ofensivo, a equipe teve dificuldades para criar jogadas, e nem as entradas de Raphinha e outros atletas no segundo tempo surtiram efeito diante do desgaste provocado pela altitude e da forte marcação boliviana.
Polêmicas e críticas
A derrota trouxe polêmicas. O presidente da CBF, Samir Xaud, criticou não apenas as condições adversas da altitude, mas também a atuação da arbitragem e até da organização local, afirmando que a Seleção “jogou contra árbitros, polícia e gandulas”. O técnico Carlo Ancelotti também se mostrou incomodado com incidentes durante a partida, como a presença de bolas extras no gramado. Já Raphinha demonstrou frustração ao falar sobre a dificuldade em desempenhar um bom futebol diante de tantas barreiras.

O que vem pela frente
Com o resultado, a Bolívia avança para disputar a repescagem em março de 2026, no México. O Brasil, por sua vez, já garantido no Mundial, volta suas atenções para os amistosos marcados contra Coreia do Sul e Japão em outubro. A derrota, porém, acende um sinal de alerta para a comissão técnica, que terá pouco tempo para corrigir falhas e preparar a Seleção para chegar em melhores condições à Copa do Mundo.
Redação


