31 / 10 / 2025 - 13h27
No agro, tecnologia vira meio para cortar custos
Em um quadro de aperto nas margens financeiras, como é o caso, hoje, uma das primeiras coisas que os produtores fazem é cortar gastos supérfluos. Ficam para um futuro indeterminado investimento em novas tecnologias ou em renovação de maquinário. Mas, a julgar por algumas análises que compuseram os debates do “Agro Horizonte”, ontem, em Brasília, talvez fosse melhor os produtores apontarem a tesoura para outro lado.
Na nossa companhia, nós estamos com uma pegada muito grande na digitalização. A tecnologia não vem para facilitar só a vida do produtor, mas para melhorar toda a cadeia do agro, disse André Guillaumon, diretor-presidente da Brasilagro, empresa especializada na compra, desenvolvimento, exploração e comercialização de propriedades rurais.
No painel que o executivo participou, um dos temas foi o seguro rural, que tem, historicamente, baixa penetração no Brasil, como observou Glaucio Toyama, presidente da Comissão de Seguros Rurais da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg). Mais cedo, na abertura do evento, o assessor especial do Ministério da Agricultura, Carlos Augustin, afirmou que o sistema de seguro rural do Brasil está “falido”.
A política pública tem que garantir a segurança jurídica dos sistemas, mas sabe o que poderia garantir uma redução absurda do prêmio de seguro? A digitalização, a tecnologia, afirmou Guillaumon.
Hoje, segundo o executivo, está todo mundo na mesma vala (na análise de risco), e isso não está certo. Com tecnologia, o produtor consegue mostrar que ele oferece menos risco, afirma. Para o avanço da tecnologia, um divisor de águas, acredita ele, foi a ascensão da internet por satélite:
Produtor que, dez anos atrás, conseguia ter cobertura de internet só em 16% da propriedade, hoje consegue em até 100%. E pagando R$ 300 de mensalidade.
Fonte: OGlobo
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